Meio ambiente é tema da campanha da CNBB

Pela primeira vez no Estado, a Campanha da Fraternidade, realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Igreja Católica, no período da Quaresma, com o objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um tema de grande repercussão, será lançada fora da Catedral Metropolitana de Manaus. Devido ao fato de o tema deste ano ser  “Fraternidade e a Vida no Planeta” e lema: “A criação geme em dores de parto”, o lançamento da campanha será no Encontro das Águas, informou o arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira.

Na celebração, que acontecerá numa balsa posicionada num trecho dos rios rios Negro e Solimões, por volta das 10h, dom Luiz  fará uma oração e a coleta de água em fracos para ser distribuída em todas as paróquias. “A campanha deste ano é sobre a vida no planeta, a defesa da natureza e, nesse ponto, vamos defender o Encontro das Águas, símbolo da beleza e da biodiversidade, das ameaças que se apresentam”, informou ontem o arcebispo.

Celebração
De acordo com dom Luiz, às 9h os religiosos e fiéis que participarão da celebração sairão do Navio Dona Carlota, que partirá do porto do Rodway, enquanto uma balsa sairá do Porto da Manaus Moderna em direção a um ponto do Encontro das Águas.  Para ele, que participou recentemente de dois simpósios sobre mudanças climáticas, o tema da campanha é mais do que oportuno. “Tanto os fatores naturais quanto as ações humanas estão apressando os fenômenos climáticos, por isso precisamos conversar sobre o assunto”, disse ele, lembrando que essas mudanças são piores para os mais pobres, que acabam sendo as maiores vítimas dos desastres naturais.

A escolha desse tema vai ao encontro da luta de movimentos sociais como o SOS Encontro das Águas que luta contra a não construção de um porto de embarque e desembarque no Porto das Lajes, próximo ao encontro, na Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, com o objetivo de atender ao Distrito Industrial.

Patrimônio
Um dos argumentos dos integrantes do SOS Encontro das Águas é que o Conselho Consultivo de Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou, em novembro do ano passado, o Encontro das Águas como patrimônio natural e cultural do País.

A decisão preservando uma área que se estende por mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do rio Negro correndo ao lado das águas barrentas do rio Solimões.

 

Amazônia e Nordeste devem ter menos chuvas até 2100, diz pesquisa

Gazetaweb.com

Relatório finalizado recentemente pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que o bioma amazônico e o Nordeste do país deverão ter menos chuvas e mais secas no século 21. O relatório considera análises feitas durante 2009 e 2010 e integra dados de 26 projetos distintos.

De acordo com o instituto, que reúne diversas entidades de pesquisa e ajuda a embasar programas de implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, a quantidade de chuvas na Amazônia e no Nordesde brasileiro terão redução de até 40% até 2100.

No mesmo período, as chuvas deverão aumentar cerca de 30% em áreas do sudeste da América do Sul, inclundo a bacia Paraná La Plata, segundo o relatório.

Parte do aquecimento na Amazônia, por exemplo, pode ser explicada por uma das pesquisas anexas, segundo a qual 30% da radiação solar em áreas de Manaus (AM) e Porto Velho (RO) é absorvida por partículas atmosféricas provenientes de emissões de queimadas. Agora, cientistas avaliam os efeitos dos aerossóis sobre a saúde das populações.

A prevalência de males como a leptospiroses, a dengue, doenças respiratórias e cardiovasculares também foi analisada por estudos vinculados ao relatório. Um dos exemplos mais preocupantes diz respeito à incidência de dengue em municípios amazônicos.

Em Manaus, a doença estaria associada a outras transmitidas pela água, por exemplo. Segundo o relatório, atividades humanas pelo uso da terra e o avanço do desmatamento poderiam colaborar com o aumenta da incidência da dengue em áreas próximas a capital do Amazonas.

O FÓRUM MUNDIAL DE SUSTENTABILIDADE SERÁ REALIZADO EM MARÇO

por Bruna Rinaldini
Nos dias 24, 25 e 26 em Manaus, Amazonas, algumas das maiores lideranças mundiais estarão em discussão quanto a sustentabilidade econômica, ambiental e social da Amazônia, onde soluções para progredirmos sem agredir ao meio ambiente serão apontadas por empresários, executivos, lideranças políticas, personalidades e entidades ambientais.
No encontro anterior ficou determinado que a cada tonelada de gás carbônico removida ou evitada por pessoas ou projetos que realizam serviços ambientais seriam recompensadas com certificados de desenvolvimento sustentável no Brasil, é a partir deste que o indivíduo se torna um Voluntary Emission Reduction. O documento é emitido por um dos órgãos certificadores (UNF CCC/ ONU, Bolsa do Clima de Chicago, Gold Standard, Social Carbon e CCBA).

É esperado nesta nova reunião soluções eficazes para a diminuição da emissão de gases poluentes, colocando energias limpas como ponto de partida.

BELO MONTE: O LADO CONTROVERSO

de Bruna Rinaldini
Além da barragem das Três Gargantas na China e da multinacional Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, está por vim o terceiro maior reservatório de água para obtenção de energia elétrica do mundo: a barragem do Belo Monte, cujo propósito é desviar o fluxo do Rio Xingu ao longo de 100 Km. O projeto prever utilizar 17 bilhões de dólares.
As conseqüências da construção dessa represa não são nada animadoras uma área de 400 Km2 de florestas e povoados locais será inundada, afetando os indígenas e sua cultura, estima- se que mais de 40.000 nativos ficarão desalojados. Além disso já é confirmado que a represa gerará altas quantidades de metano, altamente nocivo ao meio-ambiente.
Como forma de contestar este plano, na tarde de 13 de janeiro, representantes da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e da Amazon Watch, colocaram um enorme banner em frente ao pavilhão brasileiro Cancun Messe, que dizia: “Defenda a Amazônia. Pare a Barragem de Belo Monte!”
A vice coordenadora da COIAB, Sônia Guajajara, se expressou dizendo:

“Estamos preocupados com o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil, que tem impacto direto sobre a população indígena. As barragens propostas destruirão a Amazônia e deslocarão comunidades de seus territórios tradicionais, o que leva à destruição de suas culturas, tradições e estilo de vida. Não queremos grandes barragens hidrelétricas. Queremos um processo público adequado à população indígena. O governo não cumpriu os acordos internacionais, não nos consultou nem recebeu nosso consentimento livre, informado e prévio (CLIP). O presidente Lula não deve inaugurar o Complexo da Barragem de Belo Monte na semana que vem sem o CLIP das comunidades indígenas ou sem cumprir as 40 condições sociais e ambientais recomendadas pelo IBAMA.”

O Brasil está expandindo gradualmente, onde é visível uma estrutura para a exploração de energias renováveis, como solar e eólica, no entanto esta previsão se torna impossível de ser concretizada visto que, já foi declarado em várias apresentações em Cancun a construção de mais de 60 barragens apenas na Amazônia brasileira, financiada pelo BNDES.
Estudos revelam que é mais viável investir em energias renováveis do que em barragens, pois esta pode fornecer 20% da eletricidade do país até 2020, além de empregar milhares de brasileiros.

“Existem soluções de Energia Verde para o Brasil e para outros países, mas é preciso ter forte vontade política para reverter de fato o curso da destruição causada pelas imundas mega-barragens da Amazônia. Será necessário mais do que a redução de 80% da taxa de desmatamento até 2020 para verdadeiramente defender a Amazônia brasileira e reduzir de fato as emissões. A presidente Dilma Rousseff pode iniciar seu governo no dia 1º de janeiro de 2011 cancelando o Complexo da Barragem de Belo Monte e começando a adotar um novo modelo para energia e desenvolvimento que não destrua a Amazônia, as comunidades indígenas e locais nem o clima”, declarou a diretora de programa da Amazon Watch, Leila Salazar-Lopez.

IBAMA LIBEROU BELO MONTE

por Guilherme Barducci
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) liberou a instalação da tão controversa Usina Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no estado do Pará.
A usina será construída em plena Floresta Amazônica e irá alagar uma imensa área de mata, por isso a população ribeirinha, os índios e ativistas não querem a usina.
Foi autorizada a supressão (retirada) da vegetação na área que a usina irá ocupar. 238,1 hectares de vegetação – área equivalente a 302 campos do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi do SPFC poderão ser retirados. O Ibama exigiu que dos “302”, “82”sejam preservados permanentemente.

A usina deverá entrar em operação comercial em fevereiro de 2015 e gerará mais de 11 mil megawatts. O governo federal prevê gastar R$ 19 bilhões para a construção que irá reduzir o risco de apagão que é iminente no Pará, segundo o governador que tomou posse em primeiro de janeiro.

“MANTO SAGRADO” DO CORINTHIANS É RECICLADO

de Guilherme Barducci

Um dia antes da estréia na pré-Libertadores Jucilei, Dentinho e Júlio César apresentaram o “manto sagrado” do Corinthians para 2011.

Divulgação

O irreverente roxo foi abandonado. A Cruz de São Jorge também. Os tradicionais preto e branco compõem os primeiro e segundo uniformes do Timão. Os goleiros jogam de cinza. A camisa preta (ou nº. 2) ganhou uma gola em “V”.
Os comentários da moda não são nem um pouco importantes ante a novidade que a fornecedora de material esportivo do Timão trouxe ao Parque São Jorge. As novas camisas não são feitas mais totalmente do tradicional algodão ou poliéster, mas de um material “malvado” para o meio-ambiente, o plástico. A composição é 96% de plástico reciclado e 4% algodão.

A Nike traz esta novidade para o Brasil para chamar a atenção não só dos 30 milhões de fieis torcedores do Corinthians, mas para todos aqueles que gostam ou não de futebol, visto que o plástico caso despejado nos lixões ou aterros demora centenas de anos para se decompor – uma calamidade pública. O destino correto do plástico é cooperativas de reciclagem para que uma simples garrafa PET possa virar, por exemplo, o uniforme do seu time do coração depois de lavada e cortada em vários floquinhos que são derretidos e convertidos em finos fios.

Para fabricar uma camisa utiliza-se cerca de 8 (oito) garrafas PET de 2 litros.
A seleção brasileira também já jogou com camisas recicladas

A seleção brasileira também já jogou com camisas recicladas

A camisa não é mais grossa ou “quente” do que as outras de algodão.
Reciclar é necessário. Destine corretamente o plástico, o metal, o papel e o vidro que não são mais úteis.
Serviço
A partir de agosto o Barcelona, a Inter de Milão, o Juventus, o Arsenal e o Manchester United usarão uniformes feitos da mesma tecnologia.

A nova camisa do Corinthians custa R$ 189,90 na loja oficial do clube.

 

POSSÍVEL ALTERAÇÃO NO CÓDIGO FLORESTAL PODE TER GRAVES CONSEQUÊNCIAS

de Bruna Rinaldini
Um texto em tramitação no congresso, tem por objetivo liberar áreas de preservação permanente- encostas (APPs), para a construção de habitações.
A proposta é de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), esta já foi aprovada e será votada em março pelo plenário da Câmara, caso seja aprovada vai para o Senado, onde entrará em vigor ou poderá ser vetada pela presidenta Dilma.
Com o código Florestal modificado, prevê- se também que a faixa de preservação ambiental nas margens de rios se reduzirá, estopim para que regiões alagadas seja legalizada, colocando em perigo a vida de milhares de pessoas que constroem suas casas nessas áreas.

A proposta é totalmente controversa com o Código atual, que proíbe a construção de habitações em áreas de encostas a partir de 45 graus de inclinação, em todo morro e 30 metros a partir das margens dos rios, cujo objetivo é preservar a vegetação natural, para que não haja a incidência de deslizamentos.

O geógrafo e consultor ambiental, Márcio Ackerman, descorda da proposta, pois, ele afirma que, mesmo que a ocupação irregular ocorra, a atual lei em vigor impõe limites, facilitando a desocupação sem a desapropriação de terras.

A possível alteração do código florestal deixou o secretário do ambiente do estado do Rio, Carlos Minc, indignado, ele assegura que a “irresponsabilidade dessa proposta” pode trazer conseqüências graves com a tragédia na região serrana do Rio e de Santa Catarina. O PSOL, de Plínio de Arruda também se posiciona contra a mudança.

Sustentabilidade: palavra empregada por Dilma para defender uma de suas metas

de Bruna Rinaldini

Em seu discurso de posse Dilma Rousseff não deixou de citar o meio ambiente como uma de suas prioridades. Em apenas 72 palavras a presidenta fez uma promessa de responsabilidade ambiental, colocando o desenvolvimento sustentável como meta.
Além de erradicar a miséria a presidenta garantiu que o Brasil pode crescer sem agredir o meio ambiente: “Queridos brasileiros e queridas brasileiras, considero uma missão sagrada do Brasil a de mostrar ao mundo que é possível um país crescer aceleradamente sem destruir o meio ambiente”.
Dilma colocou o Pré-sal e energia limpas como protagonistas para melhorar a gestão ambiental. A presidenta disse com ares de promessa que iria explorar o Pré-sal de forma responsável, para a erradicação da pobreza e valorização do meio ambiente, investindo em fontes limpas de geração de energia, entre elas a energia solar e os biocombustíveis.

A presidenta quer utilizar os recursos do Pré-sal para conseguir fazer a transição da energia suja para a energia limpa. Com este ato, o Brasil terá parte da “missão sagrada” cumprida.

19 cidades da região são recompensadas por preservar meio ambiente

de Bruna Rinaldini

No dia 17 de Dezembro a Secretaria Estadual do Meio Ambiente publicou os nomes das cidades ecologicamente corretas no estado de São Paulo. Os municípios com nota acima de 80 foram recompensados por um selo verde azul, chancela dada a todas as cidades que agem obedecendo uma lista de 10 itens, onde o princípio básico é a preservação da natureza.
Dos 143 municípios que receberam o prêmio, 19 são de nossa região, destacando-se Lins, com nota 92,29 ocupando a oitava colocação. Araçatuba progrediu comparada ao ano de 2009, esta foi parabenizada, pois se classificou em 202º lugar com nota 71,05, a posição é bem distinta do ano em que foi a 450º colocada, com nota 43,81.

Além de Lins, os demais municípios da região recompensados foram: Guaraçaí, Buritama, Penápolis, Lavínia, Avanhandava, Bilac, Clementina, Santo Antônio do Aracanguá, Guararapes, Piacatu, Gastão Vidigal, Lourdes, Gabriel Monteiro, Valparaíso, Guaiçara, Bento de Abreu, Guzolândia e Pereira Barreto.

ECO SINBI: SINAL VERDE PARA BIRIGUI

de Bruna Rinaldini

O sindicato das indústrias de Birigui (Sinbi), em parceria com o instituto Pró-Criança e as empresas conveniadas promove um projeto de responsabilidade ambiental, que está em andamento desde maio de 2008.
O projeto tem a finalidade de orientar sobre a urgência das questões ambientais, levantando diversas soluções e colocando- as em prática, tais quais a Reciclagem Artística, onde 60 crianças atendidas pelo instituto Pró-Criança aprendem a produzir blocos de anotação, porta canetas, latas decoradas e paineis decorativos, utilizando apenas matérias recicláveis. O Eco Sinbi também atua na reciclagem de óleo, juntamente com uma empresa especializada, a Óleo & Óleo.

O projeto se destaca por ser um dos poucos em Birigui, cujo objetivo é formar pequenos cidadãos para o futuro colocando o meio ambiente de forma sustentável.