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Brasil deve ter 44,5% do mercado internacional de carnes

Agência Brasil

BRASÍLIA – Em dez anos, o Brasil deverá ser responsável pela produção de 44,5% das exportações mundiais de carne bovina, suína e de frango. A conclusão está no documento Projeções doAgronegócio – Brasil 2009/10 a 2019/20, elaborado pelo Ministério da Agricultura e divulgado nesta quinta-feira (4). A participação brasileira no mercado mundial de carnes em 2010 será de 37,4%, de acordo com a pesquisa da Assessoria de Gestão Estratégica do ministério.

As exportações brasileiras de carne de frango, a mais vendida, que hoje já representam 41,4% do mercado mundial, passaram a ter 48,1% de participação. A carne bovina passará de 25% para 30,3% e a suína, de 12,4% para 14,2%. “Esses números só não são melhores por efeito da crise mundial”, afirmou o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos, José Garcia Gasques.

A produção nacional de carnes deverá crescer 37,8% nesse período, o que representa 8,4 milhões de toneladas de carnes a mais. Segundo Gasques, mais de 70% desse incremento serão destinados ao mercado interno.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que participou da apresentação do trabalho, disse que a pecuária brasileira está se encaminhando para o sistema intensivo ou semi-intensivo, nos quais criam-se mais animais em uma área menor. Ele disse que, no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, que deve ser apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio, será oferecida, além da linha que já existe para recuperação de áreas degradadas, uma para incentivar a integração lavoura-pecuária.

“Essa parte será intensificada como um item específico no próximo plano agrícola, afinal, temos que cumprir os compromissos assumidos na COP 15 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em dezembro do ano passado em Copenhague]”, afirmou o ministro.

A pesquisa divulgada hoje leva em consideração dados sobre a produção e o consumo mundial de alimentos dos últimos 30 anos. Outro estudo, com projeções do agronegócio brasileiro para os próximos 20 anos, está em fase de conclusão.

Brasil vai participar de movimento mundial contra aquecimento global

Agência Brasil

Da Agência Brasil

Rio – A organização não governamental (ONG) WWF-Brasil lança hoje (3), às 10h30, no Copacabana Palace, a Hora do Planeta 2010. O evento marca a entrada do Brasil no movimento mundial de mobilização da sociedade em torno da luta contra o aquecimento global.

A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e população são convidados a apagar as luzes por 60 minutos, como forma de demonstrar sua preocupação com as mudanças climáticas.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Conselho Diretor do WWF Brasil, Álvaro de Souza, anunciarão detalhes sobre a participação do Rio de Janeiro, indicando os monumentos que terão as luzes apagadas.

Manaus lança programa para combater fumaça de veículos

Agência Brasil

O combate à emissão de gases de efeito estufa em Manaus ganhará reforço em 2010 com o lançamento de um programa municipal que irá promover operações sistemáticas de fiscalização em empresas de ônibus e transportadoras que mantêm frotas de veículos movidos a diesel, além de blitz nas principais e mais movimentadas ruas da cidade. O programa também tem como objetivo impedir as queimadas urbanas e conscientizar a população sobre a necessidade de melhoria da qualidade do ar.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus, Marcelo Dutra, explicou que as ações fazem parte de uma estratégia da prefeitura para diminuir a incidência de gases poluentes que causam danos ao meio ambiente.

Hoje (14), a primeira blitz de combate à fumaça preta foi realizada na cidade por fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus (Semmas), com apoio de agentes do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e da Guarda Municipal Metropolitana.

A ação, segundo o secretário, apresentou resultado positivo. “O balanço dessa primeira ação é positivo. Conseguimos vistoriar 64 caminhões, dos quais 13 foram notificados por apresentar potencial ofensivo e outros cinco autuados por estarem em total desacordo com a legislação”, destacou.

Os caminhões autuados têm até 20 dias para apresentar à Semmas o laudo de opacidade, que atesta a realização do serviço de regulação do motor do veículo (necessário para impedir a emissão de poeira e de fumaça preta acima do que é previsto por legislação municipal e federal).

Além disso, todo veículo de grande porte precisa estar em dia com seu Certificado do Registro Cadastral, que deve ser renovado anualmente. As multas para quem desrespeitar a legislação podem chegar a R$ 30 mil. O veículo pode ser apreendido em casos de reincidência ou não pagamento de multa.

“As blitze vão ajudar Manaus a conhecer os níveis de poluição atmosférica da cidade e orientar as empresas a manterem programas de manutenções dos seus veículos, evitando a dispersão de poluentes”, acrescentou Dutra.

A previsão da Semmas é de que pelo menos seis blitze de rua sejam realizadas ao longo deste ano, além das operações em garagens de empresas de transporte coletivo, transporte especial e transportadoras. A vistoria dos veículos em Manaus é feita com o uso de uma espécie de régua que permite a comparação de níveis de coloração de fumaça a partir da aceleração do veículo, identificando os emissores de fumaça acima do permitido.

Veículos movidos a diesel devem manter o sistema de injeção de combustível regulado. Quando parado no tráfego, o motorista não deve acelerar seu veículo desnecessariamente pois isso aumenta a emissão dos poluentes. Outra recomendação é a troca dos filtros de ar que, quando sujos, aumentam o consumo de combustível e a poluição da atmosfera.

Indústrias químicas se comprometem a fazer inventário de emissões de gases poluentes

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A menos de um mês para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague (Dinamarca), o aquecimento global e a redução de emissões de gases poluentes na atmosfera entraram na pauta das indústrias químicas. Hoje (19), a Associação Brasíleira da Indústria Química (Abiquim) divulgou documento que pretende enviar ao governo federal para ser levado à reunião em Copenhague. De acordo com o presidente da associação, Nelson Reis, o evento da ONU não é o único objetivo do documento: “Queremos mostrar a nossa posição para a sociedade.”

Segundo Reis, não há ranking para medir que tipo de indústria polui mais. “A indústria, em geral, é responsável por 8% das emissões. Estimamos que a indústria química emita aproximadamente 2% deste total, mas é impossível precisar quem polui mais ou quem polui menos pois os estudos sobre o tema são inexistentes”, afirmou.

No documento, a Abiquim – que agrega 85% das indústrias químicas do país – alerta para a importância do desenvolvimento de novas tecnologias cujo objetivo seja reduzir e até reverter o crescimento das emissões de gases de efeito estufa. “Acreditamos que esta não deva ser uma obrigação brasileira e, sim, de todos os países, que exista a cooperação global”, explicou o gerente de assuntos técnicos regulatórios da Abiquim, Marcelo Kos. “O Banco Mundial poderia fomentar estas novas tecnologias, criando uma linha de crédito especial para todos aqueles que queiram desenvolvê-las”, ressaltou.

Ainda segundo o texto, as empresas associadas conseguiram reduzir as emissões de poluentes em 32% entre os anos de 2003 a 2008. “É difícil propormos uma meta pois já reduzimos muito. Mas se conseguirmos que as emissões diminuam em 5% nos próximos dez anos já é muito bom”, informou Kos. No documento, a Abiquim se compromete a disponibilizar para a sociedade um inventário das emissões de gases estufa das indústrias químicas associadas.